domingo, 19 de fevereiro de 2012

Lançamento do Cd Coral Voice Soul


Educação Musical 2: Percepção Musical

Antes de dar continuidade quero deixar um presente a voces!
Senti a necessidade de estudar um pouco de percepção, algo que me ajudaria com o ouvido a ter um ouvido mais perceptivo as notas e encontrei um brinquedinho muito legal! Chama se: Music Memory.

No Music Memory, para evoluir de nível, você deve ouvir o som das notas tocadas pelo computador e, em seguida, tocar a mesma nota ou a mesma seqüência de notas que ouviu. O jogo é simples, porém vai exigir muita atenção e treino da parte daqueles que quiserem obter sucesso.

Ouvido absoluto

No começo, a fim de familiarizar-se com o som de cada uma das notas, recomenda-se treinar um pouco. Este treino é estimulado pelo próprio game, que um pouco antes do início oferece uma tela para que o jogador aperte livremente os botões, pelo tempo que desejar.

São sete os botões e, cada um corresponde a uma das sete notas musicais: dó, ré, mi, fá, sol, lá e si. Os nomes das notas estão dispostos embaixo dos botões, permitindo uma fácil identificação. Intuitivamente, basta clicar em algum dos botões para ouvir o som da nota correspondente.
Aqui você pode fazer o download e ter mais informações! http://www.baixaki.com.br/download/music-memory.htm#ixzz1mpvZDWsP


A percepção musical é a capacidade de perceber as ondas sonoras como parte de uma linguagem musical. Envolve especialmente a identificação dos atributos físicos do som, como volume, timbre e afinação (percepção sonora), mas também elementos musicais como melodia (percepção melódica) e ritmo (percepção ritmica).
Visto como indispensável para musicistas, foram desenvolvidos uma série de métodos destinados a aumentar esta capacidade em crianças e adultos. Cursos de música (em universidades, conservatórios ou mesmo em escolas regulares), tipicamente, reservam várias aulas com este propósito.
O termo percepção musical é, muitas vezes, usado como sinônimo de percepção sonora, nesse caso desconsiderando melodia, ritmo e elementos de linguagem musical.
Altos níveis de percepção musical são sinais de apurada capacidade de análise sonora. Ajudam muito mas não garantem a musicalidade do indivíduo, visto que não tem relação direta com capacidades de produção sonora. Algumas tarefas esperadas de uma alta percepção musical incluem a identificação de escalas a partir de melodias; acordes e progressões de acordes em trechos musicais; nunances interpretativas; harmônicos; vozes em meio a uma polifonia; e até ruidos indesejáveis em meio a música. O chamado "ouvido absoluto" refere-se à capacidade de identificar e nomear notas musicais apenas pela audição de sons correspondentes.
Dimensão do tempo métrico, ou medido, onde se ouve um tempo ‘de metrônomo’, um tempo contado por unidades de igual duração (tempo de relógio). Nesta dimensão, o conhecimento técnico, analítico prevalece; pensa-se em cada material da música, como por exemplo, no compasso (binário conta 1 2; no ternário conta 1 2 3), no andamento (andante, rápido, lento), na acentuação, na agógica (acelerando, ralentando), e outros. Dimensão de tempo não métrico, que pode ser vivenciado por meio das palavras da canção, seguindo mais os acentos, entonações das frases do texto do que propriamente da métrica definida do compasso. O tempo é mais flexível, elástico, com componentes de expressividade do conteúdo semântico.
Dimensão da corporeidade, que pode ser métrico ou não, mas que seguirá a intuição auditiva; o corpo 'pensa' e responde gestualmente; a percepção é orientada pelos componentes mental (ou cognitivo), afetivo (ou psicológico) e físico-corporal. O corpo expressa a percepção do tempo que pode suspender e/ou deixar o ‘métrico’, para realçar outro componente (melodia, acorde, uma suspensão, uma palavra, etc.) que foi sentido ou percebido como significativo para o intérprete e/ou ouvinte.
Dimensão expressivo-individual que é essencialmente não métrico, ou, se há métrica, com certeza está livre da medida 'contada'. É essencialmente flexível e elástica a vivência temporal nesta dimensão. Um exemplo Que acontece frequentemente é quando o ouvinte tem toda a música na mente, e com isso tem a capacidade de ‘parar’ em uma determinada melodia, evento, ou sonoridade, e lá fica repetindo, voltando, refazendo, curtindo o mesmo em um tempo não-métrico. O tempo, neste caso, é tão variável quanto variável é a concepção do tempo musical.

Educação Musical 1: Percepção

Sentindo a necessidade de falar de um assunto que pouco se ouvi falar no meio da musica, mas uma coisa que existe no nosso dia a dia, principalmente de nós musicos... a ''percepção''.
As vezes ouvimos alguns ''dizeres'' em relação a ele mas não sabemos ao certo.
Então vou trazer a vocês, o que é a percepção na integra, mas trabalharei mas a questão do ouvido, que chega mais perto daquilo que precisamos ter a nivel de conhecimento para que possamos entender alguns dos fenomenos que acontece no meio da musica.


Percepção (AO 1990: percepção[1] ou perceção)[2] é, em psicologia, neurociência e ciências cognitivas, a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais, a partir de histórico de vivências passadas. Através da percepção um indivíduo organiza e interpreta as suas impressões sensoriais para atribuir significado ao seu meio. Consiste na aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas pelos sentidos. A percepção pode ser estudada do ponto de vista estritamente biológico ou fisiológico, envolvendo estímulos elétricos evocados pelos estímulos nos órgãos dos sentidos. Do ponto de vista psicológico ou cognitivo, a percepção envolve também os processos mentais, a memória e outros aspectos que podem influenciar na interpretação dos dados percebidos.

O estudo da percepção

A percepção é um dos campos mais antigos dos processos fisiológicos e cognitivos envolvidos. Os primeiros a estudar com profundidade a percepção foram Hermann von Helmholtz, Gustav Theodor Fechner e Ernst Heinrich Weber, A Lei de Weber-Fechner é uma das mais antigas relações quantitativas da psicologia experimental e quantifica a relação entre a magnitude do estímulo físico (mensurável por instrumentos) e o seu efeito percebido (relatado). Mais adiante Wilhelm Wundt fundou o primeiro laboratório de psicologia experimental em Leipzig em 1879.
Na filosofia, a percepção e seu efeito no conhecimento e aquisição de informações do mundo é objeto de estudo da filosofia do conhecimento ou epistemologia. Em geral a percepção visual foi base para diversas teorias científicas ou filosóficas. Newton e Goethe estudaram a percepção de cores e algumas escolas, como a Gestalt, surgida no Século XIX e escolas mais recentes, como a fenomenologia e o existencialismo baseiam toda a sua teoria na percepção do mundo.
Para a psicologia a percepção é o processo ou resultado de se tornar consciente de objetos, relacionamentos e eventos por meio dos sentidos, que inclui atividades como reconhecer, observar e discriminar. Essas atividades permitem que os organismos se organizem e interpretem os estímulos recebidos em conhecimento significativo. (APA, 2010, p. 695).
A percepção de figura-fundo é a capacidade de distinguir adequadamente objeto e fundo em uma apresentação do campo visual. Um enfraquecimento nessa capacidade pode prejudicar seriamente a capacidade de aprender de uma criança. (APA, 2010, p. 696).

Fatores que influenciam a percepção

Os olhos são os órgãos responsáveis pela visão, um dos sentidos que fazem parte da percepção do mundo.
O processo de percepção tem início com a atenção que não é mais do que um processo de observação seletiva, ou seja, das observações por nós efetuadas. Este processo faz com que nós percebamos alguns elementos em desfavor de outros. Deste modo, são vários os fatores que influenciam a atenção e que se encontram agrupados em duas categorias: a dos fatores externos (próprios do meio ambiente) e a dos fatores internos (próprios do nosso organismo).

Princípios da percepção

Princípio da figura e fundo. Percebemos um vaso ou duas faces se entreolhando, dependendo da escolha do que é figura (o tema da imagem) e o que é fundo.
Na percepção das formas, as teorias da percepção reconhecem quatro princípios básicos que a influenciam:
  • a tendência à estruturação ou princípio do fechamento - tendemos a organizar elementos que se encontram próximos uns dos outros ou que sejam semelhantes;
  • segregação figura-fundo - explica que percebemos mais facilmente as figuras bem definidas e salientes que se inscrevem em fundos indefinidos e mal contornados (por exemplo, um cálice branco pintado num fundo preto);
  • pregnância das formas ou boa forma - qualidade que determina a facilidade com que percebemos figuras bem formadas. Percebemos mais facilmente as formas simples, regulares, simétricas e equilibradas;
  • constância perceptiva - se traduz na estabilidade da percepção (os seres humanos possuem uma resistência acentuada à mudança) 
  •                                                                        
Percepção Auditiva:


A audição é a percepção de sons pelos ouvidos. A psicologia, a acústica e a psicoacústica estudam a forma como percebemos os fenômenos sonoros. Uma aplicação particularmente importante da percepção auditiva é a música. Os princípios gerais da percepção estão presentes na música. Em geral, ela possui estruturação, boa-forma, figura e fundo (representada pela melodia e acompanhamento) e os gêneros e formas musicais permitem estabelecer uma constância perceptiva.
Entre os fatores considerados no estudo da percepção auditiva estão:
  • Percepção de timbres;
  • Percepção de alturas ou frequências;
  • Percepção de intensidade sonora ou volume;
  • Percepção rítmica, que na verdade é uma forma de percepção temporal;
  • Localização auditiva, um aspecto da percepção espacial, que permite distinguir o local de origem de um som.





quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Saiba um pouco do que é Produção Musical

Na indústria musical, um produtor musical ou produtor discográfico é o termo que designa uma pessoa responsável por completar uma gravação master para que esteja pronta para o lançamento. Eles controlam as sessões de gravação, treinam e guiam os músicos e cantores e fazem a supervisão do processo de mixagem.
Na primeira metade do século XX, o papel do produtor musical lembrava aquele do produtor cinematográfico, em que o produtor musical supervisionava as sessões de gravação, pagava os técnicos, músicos e os responsáveis pelo arranjo das músicas, e algumas vezes até escolhia material para o artista. Pela década de 1960, os produtores musicais pegaram um papel mais direto no processo musical, incluindo criar arranjos, cuidar da engenharia da gravação e até mesmo escrever o material. Através de tudo isso, os produtores têm tido uma forte influência, não apenas em carreiras individuais, mas no curso da música popular.
Hoje em dia, com a diminuição dos custos de material, aumento dos interessados na área e com o grande aumento de marcas, modelos e tipos de material, há cada vez mais home-studios e produtores caseiros. Muitos artistas tornaram-se produtores musicais sozinhos, e o contrário também já ocorreu: produtores viraram os artistas.

Para que serve?

Nosso país tem uma riqueza musical enorme. A quantidade de compositores, instrumentistas, estilos musicais, intérpretes e nichos de mercado está entre as maiores do mundo. E é justamente por isso que a SUA MÚSICA precisa, mais do que nunca, aparecer.
Existe uma longa distância entre se criar uma idéia, compor, conceber uma obra musical e transformá-la em um PRODUTO que desperte o interesse do público. Este produto é o resultado final da sua música. Para todos os efeitos, é a sua representação para o mundo - consumidores, gravadoras, casas de shows e websites.
A mídia pode mudar - LP, CD, iPOD®, vinil (voltando com tudo!) - e sempre mudará. Os modelos de negócio também. Mesmo que não espere "vendas de CD's", o artista precisa aparecer e ser reconhecido para ter sucesso profissional e pessoal. Há diversos objetivos que um músico pode atingir através de seu trabalho: vender composições, tocar, interpretar, fazer shows e merchandising. E todos eles começam com um produto (CD) bem feito em mãos.
E já que estamos falando de um PRODUTO, ou PRODUÇÃO, ninguém melhor do que um PRODUTOR MUSICAL para transformar uma idéia em uma canção lapidada, digerível, fiel à proposta, otimizada, pronta para ser consumida e apreciada.
Pense em uma música que você adora, de um artista ou banda que você acompanha há muitos anos. É muito provável que esta música que você pensou é o resultado de uma composição maravilhosa, PRODUZIDA por um profissional competente, tanto artisticamente como tecnicamente. Compositores, letristas, arranjadores - artistas e músicos - estão preocupados com a arte, poesia, interpretação, conteúdo emocional. Uma combinação de dons e habilidades que permitem ao artista conceber idéias interessantes.O ARTISTA se concentra, na criação artística.
Uma vez que a música é concebida, através de uma gravação guia, esboços em um guardanapo ou partituras, inicia-se o processo de PRODUÇÃO. Aqui, outro profissional, o PRODUTOR, deve trazer seus dons e habilidades e se concentrar numa nova etapa. A criação contém idéias, mensagens e emoções que nem sempre são claras para o ouvinte. Um produtor profissional estudou durante anos o processo de produção musical e analisou muitos casos de sucesso para extrair o melhor de uma composição.
Utilizando seu background artístico, o cenário musical e técnicas de produção, o produtor tem a função de transformar a obra musical em um veículo de mensagens e emoções universais, consistentes, claras e interessantes. Assim como uma boa produção não se sustenta sem uma grande composição, a concepção musical depende de um cuidadoso processo produtivo para se transformar num produto e abrir portas para o artista.

Saiba como registrar sua banda !

Registro de banda? Os grupos musicais que desejam ter a propriedade do nome ou da logomarca que utiliza, devem requerer o seu registro no INPI (Instituto Nacional de Patente Industrial).
O representante da banda (pessoa física) deve comparecer ao INPI munido de CPF e carteira de música da OMB.
Se o representante for pessoa jurídica, deverá levar contrato social e CNPJ. Deverão ser apresentados documentos originais e cópias autenticadas. Deverá fazer uma busca prévia na página do INPI na Internet para certificar, se a marca já não está registrada.
Para saber o valor da taxa a ser paga favor consultar o órgão. Se todos o integrantes da banda quiserem ter a propriedade do nome, deverão fazer um contrato de particular de cessão de direitos e registra-lo em cartório
Maiores informações: www.inpi.gov.br

Belo Horizonte: Av Amazonas 1909 Sto. Agostinho Cep. 30180-002
Tel: (31) 291-5614 | 3291-5623 - www.inpi.gov.br

MÚSICO: Profissão & Ministério

Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.
1 Coríntios 10:31

A música tem me presenteado com a oportunidade de conviver com muitos músicos de altíssimo nível, sendo alguns deles músicos profissionais, ou seja, aqueles que foram vocacionados a fazerem da música um meio de vida, exercendo-a como profissão. Mas quando se fala de músico profissional e vida cristã, uma tensão pode vir a existir. Isto porque de um lado uma grande parte da igreja acha incompatível a profissão da música com a fé. É comum saber de igrejas que se alegram quando profissionais da saúde, educação ou justiça se convertem, mas que aconselham um músico profissional a “deixar a velha vida” para, a partir de agora, tocar para a glória de Deus no culto. Por outro lado, já soube de músicos profissionais crentes que encaram sua profissão à parte de sua fé, ou seja, se submetem a condições que podem ser até ser incompatíveis com o evangelho, mas o fazem sob o argumento de que são profissionais e têm que ganhar a vida. Neste texto pretendo fazer uma breve reflexão (assumo: lacônica) sobre o tema do músico profissional e sua vida na igreja. Espero apontar algumas pistas que amenizem tensões já existentes, ajudando tanto a igreja quanto aos músicos profissionais que são convertidos por Deus.

I. REFLEXÕES SOBRE A IGREJA E O CRENTE PROFISSIONAL DA MÚSICA
É comum encontrarmos excelentes músicos e cantores que se descobriram não nos “bailes da vida”, mas na vida da igreja. Alguns foram “convidados” a optarem entre a igreja e a profissão. Infelizmente, por falta de sabedoria de lideranças eclesiásticas, alguns findam saindo da igreja para viverem profissionalmente da música.

1. A música não precisa estar relacionada ao culto para que glorifique a Deus
A música faz parte do que conhecemos por “graça comum”. Por um “capricho” divino, a primeira referência da música na Bíblia está atrelada à família de Caim: Gênesis 4:21 – O nome de seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta. Lógico que não se trata de um capricho. Está claro que a música é uma manifestação da graça divina para a alegria e bem estar da humanidade, mesmo daquela que não esteja sob o pacto de salvação.
Davi – o musicista e compositor mais conhecido da Bíblia – não se valeu da música apenas para o culto: 1 Samuel 16:23 – E sucedia que, quando o espírito maligno, da parte de Deus, vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa e a dedilhava; então, Saul sentia alívio e se achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele. Esse espírito mal era um claro julgamento de Deus sobre Saul, mas a música tocada por Davi aliviava o espírito atormentado do rei.
Tanto Jubal quanto Davi glorificaram a Deus através do dom que receberam das mãos divinas, tanto quanto um cirurgião, que não exerce sua profissão no culto solene, mas que glorifica ao exercer seu dom com maestria e destreza.

2. É preciso orientar o crente músico profissional a como viver uma nova vida
            Qualquer pessoa, seja um advogado, parlamentar, médico ou mecânico que se achegue a Deus, carecerá de discipulado para ensiná-los a viver a nova vida que Deus lhos deu. Observe o texto de 1 Coríntios 6:9-11 –  Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, 10 nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus.  11 Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus. Não se trata de profissão, mas da transformação interior que implicará numa nova postura na vida profissional.
            Um músico profissional deve ser orientado tanto quanto qualquer outro crente quanto aos perigos e desafios de sua profissão, devendo receber todo o suporte espiritual para que saiba se portar no meio musical. Um Deputado Estadual não precisará abandonar a carreira parlamentar pelo fato do ambiente de seu trabalho ser repleto de transações ilícitas, mas deve estar disposto a pagar o preço por ser uma nova criatura, tanto se negando ao ilícito quanto promovendo a justiça de acordo com a Palavra.
            Apimentando um pouco mais, há igrejas que podem achar comum um crente jornalista, guarda municipal ou paramédico exercer sua profissão num desfile de carnaval. Algumas lideranças eclesiásticas chegariam a ver esses irmãos quase como mártires: sacrificados porque têm de estar naquele local pecaminoso, mas achariam inaceitável que um músico crente viesse a tocar no mesmo evento. “Ah... mas é diferente...”, argumentariam, “o músico está participando diretamente da promoção do ambiente pecaminoso”. Bom, mas e o guarda municipal? Ele está cuidando para que haja ordem a fim de que os foliões curtam a noitada (pecaminosa) com segurança! Estão em áreas diferentes, mas servindo a um propósito em comum. “Ah... mas o guarda municipal não tem escolha!”, argumentariam. Discordo! Sempre temos escolha, mesmo que isto represente um desconto no soldo ou prisão para um guarda. Por que apenas o músico deve abrir mão do cachê que receberá por seu trabalho e o guarda municipal não?
Não estou defendendo aqui que o músico deva tocar num baile carnaval ou num desfile de escola de samba. Quero apenas destacar que a Bíblia fala de atitudes que os crentes devem ter independente de sua profissão. Como profissionais, lidamos com escolhas e estas devem ser coerentes com os princípios bíblicos. Se o ambiente não for bom, não o será para ninguém: nem para o músico e nem para o garçom crentes.


3. O crente músico profissional deve exercer ministério na igreja
            Por ser uma habilidade ligada à profissão, é inevitável que associemos o ministério do músico profissional ao da música na igreja. Sem dúvida que a participação de um músico profissional no ministério de música acrescentaria muito em termos da qualidade musical da igreja. Mas assim como um médico não precisa exercer um ministério na igreja correspondente à área de saúde, um músico não precisa exercer o ministério da música, mas precisa exercer um ministério numa igreja local. Pode ser um presbítero ou diácono, presidente do conselho de missões ou outro ministério, contanto que exerça um serviço no corpo de Cristo.
            Infelizmente, algumas igrejas ainda acham que o músico profissional, por não tocar apenas “música sacra”, está desqualificado para tocar no culto. Entretanto, como crente verdadeiro, um músico não só pode exercer seu dom no ministério da música na igreja como deve exercer algum outro ministério, pois ele é membro do corpo de Cristo!


II. REFLEXÕES SOBRE O CRENTE PROFISSIONAL DA MÚSICA E A IGREJA
Imagino que a vida de um músico profissional seja cheia de pressões desde o momento em o músico opta por ela. Pela instabilidade do mercado musical, muitos pais temem que os filhos venham a passar necessidades materiais, sugerindo insistentemente que sigam carreiras mais “sólidas e estáveis” como a medicina ou advocacia, por exemplo.
Na sociedade, uma pressão muito forte é o preconceito de que todo músico profissional tem uma vida boêmia e está envolvido com álcool, drogas, noitadas e sexo. Isto é tão injusto quanto afirmar que todo pastor toma dinheiro dos fiéis, todo político é ladrão e todo advogado está envolvido em negócios escusos. Conheço músicos profissionais não crentes que tocam na noite e que sequer chegam perto do álcool. Tudo que querem é receber o cachê e ir pra casa cuidar da família.  Muitos desconhecem ainda que a profissão de músico pode ser exercida numa sala de aula ou em horas de estúdios de gravação, seja arranjando seja executando arranjos. O trabalho é duro!

1. O profissional da música não deve subestimar os riscos de sua profissão
É preciso que se diga que toda profissão tem seu lado obscuro. Mesmo não sendo considerada uma profissão, há pastores que exercem sua vocação de maneira desonesta, enganando e fazendo da fé um negócio. Há médicos legistas que burlam laudos. Há policiais que aceitam propina. Há contabilistas que fraudam balancetes. Mas isto não me permite dizer que essas profissões são imorais e ilícitas, ou que todos os que a exercem são faltos de caráter. O problema está sempre relacionado a um coração naturalmente corrupto e sem o domínio do Senhor.
O crente que é músico profissional também terá que lidar com perigos. Em alguns casos conviverá com maus profissionais que se drogam ou se valerão de seu destaque no palco para desenvolverem “casos amorosos”. Num eventual trabalho com pessoas assim, ele deve lembrar que está ali para influenciar e não para ser influenciado. Não deve “baixar a guarda” e nem se descuidar de que sua vida existe para glorificar a Deus (1 Co 10.12).

2. O profissional da música e alguns cuidados com seu ambiente de trabalho
1. Reconhecer que suas habilidades foram dadas por Deus e que deve glorificá-lo por meio dela. Sua motivação em tocar num show ou num estúdio está em fazer o melhor para que Deus fique alegre com a excelente maneira como ele está usando seu dom.
2. Lembrar-se de que é um crente acima de tudo, e que tem a missão de ser sal e luz onde quer que esteja.
3. É preciso fazer escolhas. Assim como outros profissionais, o que vive da música deve estar disposto a recusar shows ou outras propostas profissionais que firam sua consciência e os princípios das Escrituras. Assim como ser um advogado não será “carta branca” para aceitar qualquer casou ou ser um contador não será concessão para forjar balancetes, ser um músico profissional não significa que tocará todo tipo de música, em qualquer lugar e sob qualquer circunstância. Mesmo sendo uma boa proposta, se fere sua consciência, o crente músico profissional deve recusar e buscar a Deus. Por ser Fiel, Ele mostrará outro trabalho e não deixará que seu filho passe necessidade (Salmo 37.25).

3. O crente profissional da música integrado numa comunidade local
Hebreus 10:25 – Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.
            Todo crente deve estar integrado numa comunidade local. Cumpre-me ressaltar que, por mais que Paulo abordasse em suas cartas assuntos relacionados à igreja universal, ele sempre se dirigia a uma igreja local, destacando em algumas ocasiões irmãos que congregavam nelas: Romanos 16:1:  Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que está servindo à igreja de Cencréia; Romanos 16:3a e 5a:  Saudai Priscila e Áqüila... igualmente a igreja que se reúne na casa deles.  Isto porque o crente, servindo a uma igreja local (como Febe, no versículo acima), conviverá com irmãos, prestará contas de sua vida e será pastoreado. Discordo do “ministério itinerante” (refiro-me a crentes que não possuem vínculo algum com uma igreja local e que cada final de semana estão numa igreja diferente) ou do movimento “sem-igreja” (algumas pessoas que se dizem decepcionadas com a “instituição” e que optam por se “auto-pastorearem”, desenvolvendo sua própria espiritualidade). Biblicamente, a fé deve ser vivida de maneira comunitária-interativa e não pessoal-individualista. Mesmo Paulo, que era um plantador de igreja, permanecia um tempo vivendo e convivendo com uma igreja (Atos 20.31 – três anos em Éfeso).
            Sou sensível a músicos que, por força de profissão, precisam viajar nos finais de semana, mas isto não é razão para não ser membro de uma comunidade local. A maioria das igrejas possui cultos e atividades durante a semana que possibilitam um envolvimento e compromisso. A igreja e seu pastor credenciam o servo, da mesma forma que Paulo o fez com Febe! Isto deve ainda ser aplicado à realidade de irmãos de qualquer profissão que estejam impedidos, por motivo de trabalho, de concorrerem à igreja nos finais de semana.
           
Conclusão
Tanto a igreja quanto o músicos profissionais que têm sido salvos por Deus devem caminhar de acordo com as Escrituras. Tanto um quanto o outro devem se dispor a abrir mão de algo que defendem se não tem base Bíblica suficiente, e só o Espírito pode dar paz e levar a um denominador comum.
Este artigo está longe de abordar e resolver todos os problemas e tensões que envolvem a igreja e o crente músico profissional. Minha esperança é de haver lançado luz sobre algumas dificuldades e colaborado para um debate lúcido sobre este tema, pouco abordado mas muito polemizado. Na força do Senhor,



fonte: http://arteejubilo.blogspot.com