segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O mestre das teclas e levadas brazucas Maestro Cezar Camargo Mariano !!!


Antônio César Camargo Mariano (São Paulo, 19 de setembro de 1943) é um pianista e arranjador brasileiro de renome internacional. É,desde dos 16 anos, profissional da área musical.
Filho de um professor de música, começa a tocar piano por conta própria, e aos quatorze anos passa a ser apresentado como "menino prodígio" em espetáculos em que acompanha bandas de jazz. Em seguida fez amizade com Johnny Alf, que o incentivou a estudar harmonia, arranjo e composição. Logo começa a atuar como profissional na Orquestra de William Furneaux, e em 1962 forma o grupo "Três Américas", que toca em festas e bailes.
No ano seguinte vai para São Paulo e integra o "Quarteto Sabá", com quem grava o primeiro LP. Em seguida vem o "Sambalanço Trio", ao lado de Airto Moreira e Humberto Claiber, que grava um disco com Lennie Dale e ganha prêmios. No fim da década é contratado pela TV Record de São Paulo, onde trabalha como instrumentista e arranjador, e grava discos com seu novo grupo, "Som Três". Participou como jurado de festivais de música da Record.
Nos anos setenta tem início uma bem-sucedida parceria com Elis Regina e logo após casou-se com ela. César atua como diretor musical, produtor e arranjador da cantora, excursionando pelo Brasil e por vários países. Também participa de trabalhos com Chico Buarque, Maria Bethânia, Jorge Ben e outros. Na mesma época, entra no mercado de jingles e canções para cinema e propaganda.
Na década de oitenta César gravou dois discos considerados históricos: "Samambaia", com o guitarrista Hélio Delmiro, e "Voz e Suor", com a cantora Nana Caymmi. Foi o primeiro a utilizar teclado sintetizador nos seus arranjos musicais. Continua atuando como arranjador, produtor, compositor e pianista no Brasil até 1994, quando se muda para os Estados Unidos, onde começa a trabalhar com o compositor Sadao Watanabe, que o leva a turnês no Japão. Mesmo nos EUA, continua em contato permanente com os maiores nomes da MPB, dirigindo e produzindo discos e espetáculos.

É pai de Pedro Mariano e da também cantora Maria Rita.

Discografia

  • 1964 - Sambalanço Trio Volume 1
  • 1965 - Sambalanço Trio Volume 2
  • 1965 - Lennie Dale e o Sambalanço Trio
  • 1965 - Raulzinho e o Sambalanço Trio - A VONTADE MESMO
  • 1965 - Sambalanço Trio Volume 3 - REENCONTRO
  • 1966 - Octeto de Cesar Camargo
  • 1966 - Som Três volume 1
  • 1968 - Som Três Show
  • 1969 - Som Três volume 2
  • 1970 - Som Três volume 3 - UM É POUCO, DOIS É BOM...
  • 1970 - Som Três volume 4 - TOBOGÃ
  • 1971 - Som Três Coletânea
  • 1978 - Cesar Camargo Mariano & Band - SÃO PAULO BRASIL
  • 1980 - Cesar Camargo Mariano & Cia
  • 1983 - Cesar Camargo Mariano & Guests - A TODAS AS AMIZADES
  • 1984 - Cesar Camargo Mariano & Wagner Tiso - TODAS AS TECLAS
  • 1984 - Cesar Camargo Mariano & Nana Caymmi - VOZ E SUOR
  • 1985 - Cesar Camargo Mariano & Band - PRISMA
  • 1988 - PONTE DAS ESTRELAS
  • 1988 - MITOS
  • 1989 - CESAR CAMARGO MARIANO
  • 1993 - Cesar Camargo Mariano & Band - NATURAL
  • 1994 - Cesar Camargo Mariano & Lenny Andrade - NÓS
  • 1994 - SOLO BRASILEIRO
  • 1997 - PIANO, VOZ Y SENTIMIENTO (México)
  • 2001 - NOVA SAUDADE
  • 2002 - Cesar Camargo Mariano & Romero Lubambo - DUO
  • 2003 - Cesar Camargo Mariano & Pedro Camargo Mariano - PIANO E VOZ
  • 2006 - Cesar Camargo Mariano & Lenny Andrade - AO VIVO
DVDs
  • 1994 - Cesar Camargo Mariano & Lenny Andrade - NÓS
  • 2002 - Cesar Camargo Mariano & Romero Lubambo - DUO
  • 2003 - Cesar Camargo Mariano & Pedro Camargo Mariano - PIANO E VOZ
  • 2006 - Cesar Camargo Mariano & Lenny Andrade - AO VIVO

 Veja o tanto de premios !!!

Prêmio APCA

  • 1972 Melhor arrajador
  • 1974 Melhor arrajador
  • 1976 Efeitos especiais
  • 1978 Melhor arrajador
  • 1979 Melhor arrajador
  • 1980 Melhor arrajador
  • 1979 Melhor arrajador
  • 1982 Melhor arrajador e Melhor pianista
  • 1983 Melhor arrajador e Melhor pianista
  • 1984 Melhor arrajador e Melhor pianista

 Prêmio Sharp

  • 2ª edição - Melhor Arranjador de "Samba"
  • 5ª edição - Melhor arrajador "Instrumental"
  • 7ª edição - Melhor arrajador "Instrumental"

 Playboy

  • V Playboy Award - Melhor arrajador

 Prêmio TIM

  • 1ª edição - Melhor Álbum Instrumental: "Duo"

 CLIO Awards

  • Radio Internacional
VENCEDOR: MUSICA/LETRA Chevrolet Line - "The World Out There" Diretor Musical Compositor
  • Radio Internacional
VENCEDOR: CONJUNTO DA OBRA Chevrolet Line - "The World Out There" Diretor Musical Compositor
  • TV/Cinema Internacional
RECONHECIMENTO: MUSICA GM Cars - "See The Country" Compositor
  • Radio Internacional
RECONHECIMENTO: BEBIDAS Coca- Cola - "There Are Times...." Compositor
  • Radio Internacional
RECONHECIMENTO: MUSICA / LETRA Chevrolet Line - "Come On" Compositor
  • Radio Internacional
RECONHECIMENTO: BEBIDAS Coca-Cola - "It Doesn't Matter..." Personalidade
  • Radio Internacional
RECONHECIMENTO: CONJUNTO DA OBRA Coca-Cola - "There Are Times...", "It Doesn't Matter" COmpositor
  • Radio Internacional
RECONHECIMENTO: AUTOMOTIVO Chevrolet Line - "Come On" Compositor
  • Radio Internacional
RECONHECIMENTO: PONTUAÇÃO MUSICAL Hilton Cigarettes - "Hilton" Arranjo
  • Radio Internacional
RECONHECIMENTO: AUTOMOTIVO Chevrolet Line - "It's For Real Samba" Compositor Diretor Musical
  • Radio Internacional
RECONHECIMENTO: AUTOMOTIVO Chevrolet Line - "It's For Real Funk" Compositor

 Grammy Awards

  • 2006 Grammy Latino - Premio COnjunto da Obra
  • 2007 Melhor Álbum de MPB "Ao Vivo" (with Leny Andrade)

 Indicações

  • 5º Grammy Latino Grammy (Melhor ALbum MPB "Piano & Voz")

Sergio Mendes grande sucesso lah fora !!! Mas é brasileiro !!!


Sérgio Santos Mendes (Niterói, 11 de fevereiro de 1941) é um músico e compositor brasileiro de bossa nova.
Sérgio Mendes começou com o Sexteto Bossa Rio, gravando o disco "Dance Moderno" em 1961. Viajando pela Europa e pelos Estados Unidos, gravou vários álbuns com Cannonball Adderley e Herbie Mann, chegando a tocar no Carnegie Hall. Mudou para os EUA em 1964 e produziu dois álbuns sob o nome de "Brasil '64", com a Capitol Records e a Atlantic Records.
Foi nos EUA que começou o grupo Sérgio Mendes & Brasil 66, alcançando sucesso ao lançar a canção Mas que nada, de Jorge Ben Jor, em versão bossa nova.
Passou longo tempo no ostracismo, lançando discos que tiveram pouco sucesso comercial. Seu reencontro com o grande público se deu em 1984, com o lançamento do disco e sucesso Never gonna let you go, chegando a quarto lugar nas paradas. Pouco depois lançou o álbum Confetti, contendo entre outras músicas Olympia, feita para as Olimpíadas de 1984 em Los Angeles.
Nos anos 90, criou a banda Brasil 99, com a qual gravou o disco Brasileiro, que, além de levá-lo de volta às paradas de sucesso, lhe rendeu o Grammy de 1993 na categoria World Music. Tem mais de trinta discos lançados, e o mais recente deles conta com participações especiais de, entre outros, Stevie Wonder e Black Eyed Peas.
Pouca gente sabe, mas durante a época de pobreza de Harrison Ford, o ator que participou de filmes de mais de 100 milhões de dólares de bilheteria foi carpinteiro de Sérgio Mendes.

Discografia

  • Dance moderno (1961)
  • Quiet nights (1963)
  • Você ainda não ouviu nada. Sergio Mendes & Bossa Rio (1963)
  • The swinger from Rio (1964)
  • Bossa Nova York. Sergio Mendes Trio (1964)
  • Cannonbal's bossa nova with Bossa Rio (1964)
  • In person at El Matador-Sergio Mendes & Brasil' 65 (1964)
  • Brasil' 65. Wanda de Sah featuring The Sergio Mendes Trio (1965)
  • The great arrival (1966)
  • Herp Albert presents Sergio Mendes & Brazil' 66 (1966)
  • Equinox-Sergio Mendes & Brasil' 66 (1967)
  • Sergio Mendes favourite things (1968)
  • Look around-Sergio Mendes & Brasil' 66 (1968)
  • Crystal illusions-Sergio Mendes & Brasil' 66 (1969)
  • The fool on the hill-Sergio Mendes & Brasil' 66 (1969)
  • Ye-me-lê. Sergio Mendes & Brazil' 66 (1970)
  • Live at Expo' 70. Sergio Mendes & Brazil' 66 (1970)
  • Stilness-Sergio Mendes & Brasil' 66 (1971)
  • País tropical-Sergio Mendes & Brazil' 77 (1971)
  • Raízes-Sergio Mendes & Brazil' 77 (1972)
  • Love music-Sergio Mendes & Brasil' 77 (1973)
  • In concert-Sergio Mendes & Brasil' 77 (1973)
  • Vintage 74-Sergio Mendes & Brasil' 77 (1974)
  • Sergio Mendes (1975)
  • Homecooking-Sergio Mendes & Brasil' 77 (1976)
  • Sergio Mendes & and the new Brasil' 77 (1977)
  • Brasil 88 (1978)
  • Pelé-trilha sonora do filme (1978)
  • Magic lady (1979)
  • Horizonte aberto (1979)
  • Sergio Mendes (1982)
  • Confetti. Opus (1985)
  • Brasil 86 (1986)
  • Arara (1989)
  • Brasileiro (1992)
  • Oceano (1996)
  • Timeless (2006)
  • Encanto (2008)
  • Bom Tempo Remix (2011)

Singles

O ano, seguido do título e da posição na parada americana.
  • 1966-Mas Que Nada - Billboard Adult Contemporary # 04 e Billboard Pop Singles #47
  • 1967-Night And Day - Billboard Pop Singles #82
  • 1968-Scarborough Fair - Billboard Pop Singles #16
  • 1968-The Fool on the Hill - Billboard Adult Contemporary #1 e Billboard Pop Singles #06
  • 1968-The Look of Love - Billboard Adult Contemporary #02 e Billboard Pop Singles #04
  • 1969-(Sittin' On) the Dock of the Bay - Billboard Pop Singles #66
  • 1969-Pretty World - Billboard Adult Contemporary #04 e Billboard Pop Singles #62
  • 1969-Scarborough Fair - Billboard Adult Contemporary #02
  • 1977-The Real Thing - Billboard Black Singles #51
  • 1979-I'll Tell You - Billboard Club Play Singles #09 e Billboard Black Singles #49
  • 1983-Never Gonna Let You Go - Billboard Adult Contemporary #01, Billboard Black Singles #28 e Billboard Pop Singles #04
  • 1984-Alibis - Billboard Adult Contemporary #05 e The Billboard Hot 100 #29
  • 2006-Mas Que Nada (re-gravação) - Billboard Hot Dance Music/Club Play #13
  • 2008-Mas Que Nada (r-mend club mix) - remix por DJ Renato Mendonça - Independente

Vamos dançar com o mestre Wilson Simonal ... Bora


Wilson Simonal de Castro (Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 193825 de junho de 2000) foi um cantor brasileiro de muito sucesso nas décadas de 1960 e 1970 e de acordo com Luiz Carlos Miéle foi o maior cantor do Brasil.
Simonal teve uma filha, Patricia, e dois filhos, também músicos: Wilson Simoninha e Max de Castro.

Biografia

Início da carreira e o sucesso

Filho de uma empregada doméstica, Simonal era cabo do Exército quando começou a cantar, nos bailes do 8º Grupo de Artilharia de Costa Motorizado (8º GACOSM), então sediado no Leblon. Seu repertório se constituía basicamente de calipsos e canções em inglês.
Em 1961, foi crooner do conjunto de calipso Dry Boys, integrando também o conjunto Os Guaranis. Apresentou-se no programa Os brotos comandam, apresentado por Carlos Imperial, um dos grandes responsáveis por seu início de carreira. Cantou nas casas noturnas Drink e Top Club. Foi levado por Luiz Carlos Miéle e Ronaldo Bôscoli para o Beco das Garrafas, que era o reduto da bossa nova. De acordo com o jornalista Ruy Castro, "quando surgiu o cantor no Beco das Garrafas, Simonal era o máximo para seu tempo: grande voz, um senso de divisão igual aos dos melhores cantores americanos e uma capacidade de fazer gato e sapato do ritmo, sem se afastar da melodia ou apelar para os scats fáceis".[1]
Em 1964, viajou pela América do Sul e América Central, junto com o conjunto Bossa Três, do pianista Luís Carlos Vinhas.
De 1966 a 1967, apresentou o programa de TV Show em Si ...monal, pela TV Record - canal 7 de São Paulo. Seu diretor era Carlos Imperial. Revelou-se um showman, fazendo grande sucesso com as músicas País tropical (Jorge Ben), Mamãe passou açúcar em mim, Meu limão, meu limoeiro e Sá Marina Carlos Imperial, num swing criado por César Camargo Mariano, que fazia parte do Som Três, junto com Sabá e Toninho, e que foi chamado de pilantragem (uma mistura de samba e soul), movimento também idealizado e capitaneado por Carlos Imperial.[2]
Em 1970, acompanhou a seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo, realizada no México, onde tinha como amigos os jogadores de futebol Pelé, Carlos Alberto e Jairzinho, quando também conheceu o maestro Erlon Chaves.[3]
Nessa época, Simonal era um dos artistas mais populares e bem pagos do Brasil, bastante assediado pela imprensa e pelos fãs. Vivia o auge de sua carreira. Foi o primeiro negro a apresentar sozinho um programa de televisão no país - o Show em Si...Monal, dirigido por Carlos Imperial - no qual era acompanhado por César Camargo Mariano, Sabá e Toninho, que formavam o Som 3.[4]

Sequestro do contador

No início da década de 1970, Simonal teria sido vítima de um desfalque e demitiu seu contador, Raphael Viviani, o suposto culpado. Este moveu uma ação trabalhista contra o cantor. Em agosto de 1971, Simonal recrutou dois amigos (um deles seu segurança) militares para arrancar uma "confissão" do contador, que foi torturado nas dependências do Dops.[5] Este, afinal, acabou assinando a confissão de culpa no desfalque.
Simonal conhecia os agentes do Dops há dois anos, quando havia deposto, como suspeito, a respeito da presença de uma bandeira soviética no cenário de um de seus shows. O que ele não contava era que Viviani daria queixa do espancamento e, quando os jornais noticiaram o fato, os envolvidos foram obrigados a se explicar.

Relações com a polícia, política e órgãos de informação

Processado sob acusação de extorsão mediante sequestro do contador, Simonal levou como testemunha aquele mesmo policial do Departamento de Ordem Política e Social do então Estado da Guanabara, Mário Borges, que o apontou em julgamento como informante do Dops. Outra testemunha de defesa, um oficial do I Exército (atual Comando Militar do Leste), afirmou que o réu colaborava com a unidade.
Simonal foi julgado culpado pelo sequestro e, em 1972, quando estava prestes a lançar o seu "disco de retomada", condenado a uma pena de cinco anos e quatro meses, que cumpriu em liberdade. Nos autos, Simonal era referido como colaborador das Forças Armadas e informante do DOPS. Em 1976, em acórdão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, também é referida a sua condição de colaborador do DOPS.[6]
"Em sua argumentação final, o ilustre meritíssimo alega que não tem como julgar os agentes do DOPS, já que estávamos vivendo um estado de exceção e, por isso, ele não tinha competência para julgar atos que poderiam ser de segurança nacional, mas Wilson Simonal, que era civil, não tinha esse tipo de “cobertura”, portanto pena de 5 anos e 4 meses para ele(...) Se em 1971 fosse provado que ele era um colaborador, ele não seria julgado por isso, seria condecorado," escreve o comediante Claudio Manoel, produtor e diretor do documentário "Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei".[7]
O compositor Paulo Vanzolini, no entanto, afirma, em entrevista ao Caderno 2 do Estadão, que Simonal era, de fato, "dedo duro" do regime militar e complementa: "Essa recuperação que estão fazendo do Simonal é falsa. Ele era dedo-duro mesmo. Ele se gabava de ser dedo-duro da ditadura' (...) na frente de muitos amigos ele dizia 'eu entreguei muita gente boa' ", conclui.[8] No entanto, jamais houve registro de alguém que declarasse ter sido delatado por Simonal. Nem mesmo a Rede Globo, a qual Simonal jurava que havia um documento proibindo sua entrada nos programas da emissora, registra que haja documentos vetando o cantor.
Raphael Viviani, em depoimento para o filme, relata que Simonal estaria no Dops e teria assistido à sua tortura e não teria tido dó.[9]
O humorista Chico Anysio e o jornalista Nelson Motta, dentre outras personalidades, afirmam que até a presente data não apareceu uma vítima sequer das ditas delações de Simonal. O jornal O Pasquim, frente de luta contra a ditadura militar, através de pessoas como Henfil e Jaguar, ocupou-se de propagar as acusações que destruíram a carreira de Simonal.

Ostracismo e morte

Simonal caiu em absoluto esquecimento a partir da década de 1980. Segundo sua segunda mulher, Sandra Cerqueira, "Ele dizia para mim: 'Eu não existo na história da música brasileira' ".
Tornou-se deprimido e alcoólatra, vindo a morrer de cirrose hepática decorrente do alcoolismo.

Reabilitação

Em 2002, a pedido da família, a Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) abriu um processo para apurar a veracidade das suspeitas de colaboração do cantor com os órgãos de informação do regime militar. A comissão analisou documentos da época, manteve contato com pessoas do meio artístico, como o comediante Chico Anysio e os cantores Ronnie Von e Jair Rodrigues, e analisou reportagens publicadas nos jornais. Em notícia veiculada em 1992 pelo Jornal da Tarde, por exemplo, Gilberto Gil e Caetano Veloso declararam não ter tido problemas de convivência com Simonal, sendo que Veloso ainda elogiou as qualidades de Simonal como artista.
Além de depoimentos de artistas e de material enviado por familiares e amigos, constou do processo um documento de janeiro de 1999, assinado pelo então secretário nacional de Direitos Humanos, José Gregori, no qual atestava que, após pesquisa realizada nos arquivos de órgãos federais, como o SNI e o Centro de Informações do Exército (CIEx), não foram encontrados registros de que Simonal tivesse sido colaborador, servidor ou prestador de serviços daquelas organizações.
Em 2003, concluído o processo, Wilson Simonal foi moralmente reabilitado pela Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em julgamento simbólico.[10][11]
Em 2009, foi lançada a biografia Nem Vem que Não Tem - A Vida e o Veneno de Wilson Simonal. Nela seu autor, o jornalista Ricardo Alexandre, apresenta fatos que tentam levar o leitor a acreditar na inocência alegada por Simonal. A narrativa desenvolvida no livro sustenta que, para se inocentarem, os agentes do Dops que torturaram o contador teriam improvisado uma farsa: Viviani seria um possível terrorista denunciado por Simonal. Para dar um ar de credibilidade à história, o cantor assinou documento em que se assumia acostumado a "cooperar com informações que levaram esta seção [o Dops] a desbaratar por diversas vezes movimentos subversivos no meio artístico".

Documentário

Em 2009, foi lançado o documentário Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei, dirigido por Claudio Manoel (da troupe Casseta & Planeta), Micael Langer e Calvito Leal. Segundo Manuel, Simonal "pagou uma pena dura demais, desproporcional ao que ele fez, porque sua condenação foi até o fim da vida. Para ele, não teve anistia".


Discografia

  • 1961 - Teresinha (Carlos Imperial)
  • 1963 - Tem algo mais
  • 1964 - A nova dimensão do samba
  • 1965 - Wilson Simonal
  • 1966 - Vou deixar cair...
  • 1967 - Wilson Simonal ao vivo
  • 1967 - Alegria, alegria !!!
  • 1968 - Alegria, alegria - volume 2
  • 1968 - Quem não tem swing morre com a boca cheia de formiga
  • 1969 - Alegria, alegria - volume 3
  • 1969 - Cada um tem o disco que merece
  • 1969 - Homenagem à graça, à beleza, ao charme e ao veneno da mulher brasileira
  • 1970 - Jóia
  • 1970 - México 70
  • 1972 - Se dependesse de mim
  • 1973 - Olhaí, balândro..é bufo no birrolho grinza!
  • 1974 - Dimensão 75
  • 1975 - Ninguém proíbe o amor
  • 1977 - A vida é só cantar
  • 1979 - Se todo mundo cantasse seria bem mais fácil viver
  • 1981 - Wilson Simonal
  • 1985 - Alegria tropical
  • 1991 - Os sambas da minha terra
  • 1995 - Brasil
  • 1998 - Bem Brasil - Estilo Simonal

Póstumos e coletâneas

  • 1997 - Meus momentos: Wilson Simonal
  • 2002 - De A a Z : Wilson Simonal
  • 2003 - Alegria, alegria
  • 2003 - Se todo mundo cantasse seria bem mais fácil viver (relançamento)
  • 2004 - Rewind - Simonal Remix
  • 2004 - Wilson Simonal na Odeon (1961-1971)
  • 2004 - Série Retratos: Wilson Simonal
  • 2009 - Wilson Simonal - Um Sorriso Pra Você

Trilha sonora

  • 2009 - Simonal - Ninguém Sabe o Duro Que Dei



Conheça Toquinho !!! referencia da MPB !!!

Toquinho, nome artístico de Antonio Pecci Filho, (São Paulo, 6 de julho de 1946) é um cantor, compositor e violonista brasileiro.

Biografia

O apelido Toquinho foi dado por sua mãe e já aos quatorze anos. Toquinho começara a ter aulas de violão com Paulinho Nogueira. Estudou harmonia com Edgar Janulo, violão clássico com Isaías Sávio, orquestração com Léo Peracchi e Oscar Castro Neves.
Toquinho começou a se apresentar em colégios e faculdades e profissionalizando-se nos anos sessenta, em shows promovidos pelo radialista Walter Silva no teatro Paramount em São Paulo. Compôs com Chico Buarque sua segunda canção a ser gravada, Lua cheia. Em 1969 acompanha Chico à Itália, pais onde até hoje se apresenta regularmente.
Em 1970, compos, com Jorge Benjor, seu primeiro grande sucesso, Que Maravilha. Ainda nesse ano, Vinicius de Moraes o convida para participar de espetáculos em Buenos Aires, formando uma sólida parceria que iria durar onze anos, 120 canções, 25 discos e mais de mil espetáculos. Entre as composições da pareceria destacou-se a canção Aquarela.
Após a morte de Vinicius, Toquinho seguiu em carreira solo.
Atualmente a Lumiar Editora está preparando um livro com suas cifras e partituras, idealizado e produzido por Bruno De La Rosa, dando sequência à coleção Songbook, criada pelo fundador e ex-presidente da Lumiar Discos & Editora, Almir Chediak, e com lançamento previsto ainda para esse ano.

Anos 60

  • O Violão de Toquinho (1966)
  • La vita, amico, é l'arte dell'incontro (1969)

 Anos 70

  • Toquinho (1970).
  • Vinicius de Moraes en "La Fusa" con Maria Creuza y Toquinho (1970)
  • Como Dizia o Poeta…Música Nova (1971)
  • Per vivere un grande amore (1971)
  • São Demais os Perigos desta Vida… (1971)
  • Toquinho e Vinícius (1971)
  • Vinicius + Bethania + Toquinho en La Fusa - Mar Del Plata (1971)
  • Vinícius Canta "Nossa Filha Gabriela" (1972)
  • O Bem Amado - trilha sonora original da telenovela (1973)
  • Poeta, Moça e Violão - Vinicius, Clara Nunes, Toquinho (1973)
  • Toquinho & Guarnieri - Botequim (1973)
  • Toquinho - Boca da Noite (1974)
  • Toquinho, Vinícius e Amigos (1974)
  • Fogo sobre Terra - trilha sonora original da telenovela (1974)
  • Toquinho e Vinícius (1974)
  • Vinícius / Toquinho (1975)
  • Toquinho e Vinícius - O Poeta e o Violão (1975)
  • La voglia, la pazzia, l'incoscienza, l'allegria (1976)
  • Toquinho - Il Brasile nella chitarra strumentale - Torino - Itália (1976)
  • Toquinho Tocando 1977 (1976)
  • The Best of Vinicius & Toquinho (1977)
  • Tom, Vinícius, Toquinho, Miúcha (1977)
  • Enciclopédia da Música Brasileira - Toquinho (1978)
  • Toquinho Cantando - Pequeno Perfil de um Cidadão Comum (1978)
  • 10 Anos de Toquinho e Vinícius (1979)

Anos 80

  • Paulinho Nogueira e Toquinho - Sempre Amigos (1980)
  • Um Pouco de Ilusão (1980)
  • A Arca de Noé (1980)
  • A Arca de Noé - 2 (1980)
  • Toquinho, la chitarra e gli amici (1981)
  • Doce Vida (1981)
  • Toquinho ao Vivo em Montreaux (1982)
  • Toquinho - Acquarello (1983)
  • Toquinho - Acuarela (1983)
  • Toquinho - Aquarela (1983)
  • Casa de Brinquedos (1983)
  • Sonho Dourado (1984)
  • Bella la vita (1984)
  • A Luz do Solo (1985)
  • Coisas do Coração (1986)
  • Le storie di una storia sola (1986)
  • Vamos Juntos - Toquinho Live at Bravas Club'86 Tokyo (1986)
  • Canção de Todas as Crianças (1987)
  • Made in Coração (1988)
  • Toquinho in Canta Brasil (1989)
  • Toquinho - À Sombra de um Jatobá (1989)

Anos 90

  • Toquinho Instrumental (1990)
  • El viajero del sueño (1992)
  • Il viaggiatore del sogno (1992)
  • O Viajante do Sonho (1992)
  • La vita è l'arte dell'incontro (1993)
  • Trinta Anos de Música (1994)
  • Toquinho e suas Canções Preferidas (1996)
  • Canções dos Direitos da Criança (1997)
  • Brasiliando (1997)
  • Toquinho - Italiano (1999)
  • Toquinho - Paulinho Nogueira (1999)
  • Vivendo Vinicius - ao vivo - com Baden Powell, Carlos Lyra, Miúcha e Toquinho (1999)
  • Sinal Aberto - Toquinho e Paulinho da Viola (1999)


  • Coleção Toquinho e Orquestra (2001)
  • Canciones de los derechos de los niños (2001)
  • Toquinho - Amigos e Canções - Coletânea da Revista Reader's Digest (2002)
  • Herdeiros do Futuro - com Projeto Guri (2002)
  • Ensinando a Viver (2002)
  • Toquinho e Orquestra Jazz Sinfônica (2002)
  • Só tenho tempo pra ser feliz (2003)
  • Toquinho - Le canzoni della mia vita (2003)
  • Toquinho - Bossa Nova Para Sempre (2004)
  • CD / DVD - Toquinho no Mundo da Criança (2005)
  • Mosaico - músicas de Toquinho e Paulo César Pinheiro (2005)
  • Passatempo - Retrato de uma época (2005)
  • A Vida Tem Sempre Razão - Tributo a Toquinho - CD de Silvia Goés, Ivâni Sabino e Pepa D'Elia (2006)
  • CD - O poeta, a moça e o violão - Vinicius, Clara Nunes e Toquinho (2008)
  • CD - Toquinho e MPB-4 - 40 anos de música (2008)


Vamos falar do sindico??? com vcs !! Tim Maia !!!

Sebastião Rodrigues Maia, popularmente conhecido como Tim Maia (Rio de Janeiro, 28 de setembro de 1942Niterói, 15 de março de 1998) foi um cantor, compositor, guitarrista, baterista, multi-instrumentista e empresário brasileiro, um dos pioneiros na introdução do estilo soul na MPB e um dos maiores ícones da música no Brasil. Suas músicas eram marcadas pela rouquidão de sua voz, sempre grave e carregada, conquistando grande vendagem e consagrando muitos sucessos.
Nasceu e cresceu no Rio de Janeiro, onde em sua infância já teve contato com pessoas que viriam a ser grandes cantores, como Jorge Ben Jor e Erasmo Carlos. Em 1957, integrou o grupo The Sputniks, onde cantou junto a Roberto Carlos. Em 1959, emigrou para os Estados Unidos, onde teve seus primeiros contatos com o soul, vindo a ser preso e deportado por roubo e porte de drogas.
Em 1970, gravou seu primeiro LP "Tim Maia", que rapidamente tornou-se um sucesso país afora com músicas como "Azul da cor do mar" e "Primavera". Nos três anos seguintes, lançou os discos Tim Maia (volume 2, 3 e 4), fazendo sucesso com "Não Quero Dinheiro" e "Gostava tanto de você". De 1975 a 1977, aderiu à doutrina Cultura Racional, lançando, neste período, "Que Beleza" e "Rodésia". Pela decadência de suas músicas "racionais", desiludiu-se com a doutrina e voltou ao seu estilo de música, lançando sucessos como "Descobridor dos Sete Mares" e "Me Dê Motivo". Em 1988, venceu o Prêmio Sharp na categoria "Melhor Cantor".
Muitas músicas suas foram gravadas sob a editora Seroma e a gravadora Vitória Régia Discos, sendo um dos primeiros artistas independentes do Brasil. Ganhou o apelido de "síndico do Brasil" de seu amigo Jorge Ben Jor na música W/Brasil. Na década de 1990, diversos problemas assolaram a vida do cantor: problemas com as Organizações Globo, e ainda a saúde precária, devido ao uso constante de drogas ilícitas e o agravamento de seu grau de obesidade. Sem condições de realizar um show no Teatro Municipal de Niterói, saiu em uma ambulância e, após duas paradas cardiorrespiratórias, faleceu em 15 de março de 1998. É amplo seu legado à história da música brasileira, tendo inaugurado um estilo que futuramente viria a ser cantado por diversos artistas, como seu sobrinho Ed Motta. A revista Rolling Stone classificou Tim como o 9º maior artista da música brasileira.[3]

Carreira !

Anos 1950

Nascido no Bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, na Rua Afonso Pena 24, começou a compor melodias ainda criança e já surpreendia a numerosa família, era o penúltimo de 19 irmãos.
Destacou-se pelo pioneirismo em trazer para a MPB o estilo soul de cantar. Com a voz grave e carregada, tornou-se um dos grandes nomes da música brasileira, conquistando grande vendagem e consagrando sucessos, lembrados até hoje, e que influenciaram o sobrinho, o cantor Ed Motta.
Tim Maia começou na música tocando bateria num grupo Tijucanos do Ritmo, formado na Igreja dos Capuchinhos próxima a sua casa, passando logo para o violão. Tim nessa época era conhecido como Babulina, por conta da pronúncia do rockabilly Bop-A-Lena de Ronnie Self (apelido que Jorge Ben tinha pelo mesmo motivo)[4]
Em 1957, fundou o Grupo vocal The Sputniks, do qual participaram Roberto Carlos, Arlênio Silva, Edson Trindade e Wellington, ao contrário do que muitos pensam Erasmo Carlos nunca fez parte do grupo; Erasmo fez parte do The Snakes, grupo que acompanhava tanto Roberto quanto Tim após o fim do The Sputniks. Em 1959, foi para os Estados Unidos, onde estudou inglês e entrou em contato com a soul music, chegando a participar de um grupo vocal, o The Ideals. No entanto 4 anos mais tarde viria a ser deportado de volta para o Brasil, preso por roubo e posse de drogas.

Anos 1960

Em 1968, Tim produziu o álbum "A onda é o Boogaloo" de Eduardo Araújo, o álbum trouxe a sonoridade da Soul Music para a Jovem Guarda[5].
No mesmo ano, Roberto Carlos grava uma canção de sua autoria, "Não Vou Ficar" para o álbum Roberto Carlos (1969), a canção também fez parte da trilha sonora do filme Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa[6].
Seu primeiro trabalho solo foi um compacto pela CBS em 1968, que trazia as músicas "Meu país" e "Sentimento" (ambas de sua autoria, como todas as músicas sem indicação de autor). Sua carreira no Brasil fortaleceu-se a partir de 1969, quando gravou um compacto simples pela Fermata com "These are the Songs" (regravada no ano seguinte por Elis Regina em duo com ele, e incluída no álbum Em pleno verão, de Elis) e "What Do You Want to Bet".

Anos 1970

Em 1970 gravou seu primeiro LP, "Tim Maia", na Polygram, por indicação da banda "Os Mutantes", que permaneceu em primeiro lugar no Rio de Janeiro por 24 semanas. Neste disco, obteve sucesso com as faixas "Azul da cor do mar", "Coronel Antônio Bento" (Luís Wanderley e João do Vale), "Primavera" (Cassiano) e "Eu Amo Você".
Nos três anos seguintes, com a mesma gravadora, lançou os discos Tim Maia volume II, tornando-se cada vez mais famoso com canções como a dançante "Não Quero Dinheiro (Só quero amar)", na era Disco; Tim Maia volume III e Tim Maia volume IV, no qual se destacaram "Gostava tanto de você" (Edson Trindade) e "Réu confesso". Em 1975 gravou os LPs Tim Maia racional vol. 1 e vol. 2. Em 1978 gravou para a Warner Tim Maia Disco Club claramente inspirada pela Disco Music, Tim foi acompanhado pela Banda Black Rio, neste álbum gravou um de seus maiores sucessos, "Sossego".[7]

Fase racional (1975-1976)

Na década de 1970 entrou em contato com a doutrina Cultura Racional, liderada por Manuel Jacinto Coelho, um mestre de uma nova doutrina, quando lançou, (1975), os álbuns Tim Maia Racional, volumes 1 e 2 pelo selo Seroma (palavra "amores" ao contrário e abreviação do próprio nome "Sebastião Rodrigues Maia").
São considerados por muitos os melhores de Tim Maia, com grandes influências de funk e soul e pelo fato de que nesta época Tim Maia manteve-se afastado dos vícios, o que refletiu na qualidade de sua voz.
Desiludido com a doutrina, percebeu que o mestre Manuel não correspondeu ao ideal de um mestre. O cantor, revoltado, tirou de circulação os álbuns, tendo virado item de colecionadores, devido à raridade. Deste disco existem várias pérolas, uma das quais é Imunização Racional.
Já nos anos 2000 foram descobertas novas músicas pertencentes à "fase racional", no que foi intitulado de verdadeiro "racional 3", podendo-se mencionar as faixas: "You Gotta Be Rational", "Escrituração Racional", "Brasil Racional", "Universo em Desencanto Disco", "O Grão Mestre Varonil", "Do Nada ao Tudo" e "Minha Felicidade Racional", disponibilizadas apenas na Internet.
Após o término de sua fase racional, Tim voltou a seu antigo estilo de música e vida e mais sucessos se seguiram: "Sossego" (do LP "Tim Maia Disco Club", de 1978), "Descobridor dos Sete Mares" (faixa-título do LP de 1983, que também trouxe "Me Dê Motivo") e "Do Leme ao Pontal" (de "Tim Maia", 1986).

Anos 1980

Lançou em 1983 o LP "O Descobridor dos Sete Mares", com destaque para a canção-título "O Descobridor dos Sete Mares" (Michel e Gilson Mendonça) e para Música "Me dê Motivo" (Michael Sullivan/Paulo Massadas) um dos seus maiores sucessos. Em 1985, gravou Um Dia de Domingo, também de Sullivan e Massadas, num dueto com Gal Costa, obtendo grande sucesso. Outro disco importante da década de 1980 foi "Tim Maia" (1986), que trazia o hit "Do Leme ao Pontal".
Em 1986, participou do musical da Rede Globo, "Cida, a Gata Roqueira", paródia ao conto de fadas, inspirado no filme Os Irmãos Caras de Pau (1980), onde James Brown interpreta um pastor evangélico, Nelson Motta criou um personagem similiar para Tim, onde o cantor improvisa o Salmo 23 embalando por uma banda tocando um funk animado.

Artista com histórico de problemas com as gravadoras, na década de 1970 fundou seu próprio selo, primeiramente "Seroma" e depois "Vitória Regia". Por ele, lançou em 1990 "Tim Maia interpreta clássicos da bossa nova", e mais tarde "Voltou a clarear" e "Nova era glacial". Em 1988, venceu o Prêmio Sharp de música na categoria "Melhor Cantor".

Anos 1990

Descontente com as gravadoras, Tim Maia retomou a ideia da editora Seroma e da gravadora Vitória Régia Discos, pela qual passou a fazer seus lançamentos. Regravado por artistas do pop (Titãs, Paralamas do Sucesso, Marisa Monte), Tim retribuiu a homenagem gravando "Como Uma Onda", de Lulu Santos e Nelson Motta, que foi grande sucesso nos anos 1990, juntamente com seu álbum ao vivo, de 1992. De Jorge Ben Jor, ganharia o apelido de "o síndico do Brasil", na música "W/Brasil". Ao longo da década, Tim gravaria discos de bossa nova (um deles com Os Cariocas) e de versões clássicos do pop e do soul ("What a Wonderful World").
Em 1993, dois acontecimentos impulsionaram sua carreira: a citação feita por Jorge Ben Jor na canção "W/Brasil" e uma regravação que fez de "Como Uma Onda" (Lulu Santos e Nelson Motta) para um comercial de televisão, de grande sucesso e incluída no CD "Tim Maia", do mesmo ano. Assim, aumentou muito a produtividade nesta década, gravando mais de um disco por ano com grande versatilidade: o repertório passou a abranger bossa nova, canções românticas,funks e souls. Também teve muitas composições regravadas por artistas da nova geração, como Paralamas do Sucesso e Marisa Monte.
Em 1996 lançou dois CDs ao mesmo tempo: "Amigo do rei", juntamente com Os Cariocas, e "What a Wonderful World", com recriações de standards do Soul e do Pop norte-americanos dos anos de 1950 a 1970. Em 1997 lançou mais três CDs, perfazendo 32 discos em 42 anos de carreira. Nesse mesmo ano fez uma nova viagem aos Estados Unidos.

Vida pessoal

Viveu nos Estados Unidos entre 1959 e 1963.
Tim Maia filiou-se ao PSB em 1997. No final de sua vida sofreu com problemas relacionados a obesidade, diabetes e problemas respiratórios. Durante a gravação de um espetáculo para a TV no Teatro Municipal na cidade de Niterói, no dia 8 de março de 1998, Tim tentou cantar, mesmo sabendo de sua má condição de saúde. Não conseguiu e retirou-se sem dar explicações; terminou sendo levado para o hospital numa ambulância, vindo a falecer em 15 de Março em Niterói aos 55 anos e com 140 quilos, após internação hospitalar devido a uma infecção generalizada. No ano seguinte, seria homenageado por vários artistas da MPB num show tributo, que se transformou em disco, especial de TV e vídeo.

Homenagens

Em janeiro de 2001, em uma homenagem inusitada, o guitarrista Robin Finck do Guns N' Roses tocou uma versão rocker de seu sucesso "Sossego", durante a apresentação da banda no Rock In Rio III.[8]
Entre tantas homenagens de qualidade já feitas a ele a mais recente foi no dia 14 de dezembro de 2007, a Rede Globo homenageou Tim no especial Por Toda a Minha Vida.
Ainda em 2007, o jornalista e produtor musical Nelson Motta, amigo e fã de Tim, lançou o best-seller "Vale Tudo - O som e a fúria de Tim Maia" (pela Editora Objetiva).
Em 2009, o cantor foi homenageado no programa Som Brasil com participações de Leo Maia, Seu Jorge, Thalma de Freitas, Marku Ribas, Carlos Dafé, Taryn Spielman e a banda Instituto.[9]



 Veja Sua discografia

Álbuns de estúdio

Ano Título Formato
1970 Tim Maia LP e CD
1971 Tim Maia (volume 2) LP e CD
1972 Tim Maia (volume 3) LP e CD
1973 Tim Maia (volume 4) LP e CD
1975 Tim Maia Racional, Vol. 1 LP e CD
1975 Tim Maia Racional, Vol. 2 LP e CD
1976 Tim Maia (volume 5) LP e CD
1977 Tim Maia (volume 6) LP e CD
1978 Tim Maia Disco Club LP e CD
1978 Tim Maia em Inglês LP e CD
1979 Reencontro LP
1980 Tim Maia (volume 8) LP e CD
1982 Nuvens LP e CD
1983 O Descobridor dos Sete Mares LP e CD
1984 Sufocante LP e CD
1985 Tim Maia (volume 9) LP e CD
1986 Tim Maia (volume 10) LP e CD
1987 Somos América LP e CD
1988 Carinhos LP e CD
1990 Dance Bem CD
1990 Tim Maia Interpreta Clássicos da Bossa Nova LP e CD
1991 Sossego LP e CD
1993 Não Quero Dinheiro LP e CD
1993 Tim Maia Romântico CD
1994 Voltou Clarear CD
1995 Nova Era Glacial CD
1997 Pro Meu Grande Amor CD
1997 Sorriso de Criança CD
1997 What a Wonderful World CD
1997 Tim Maia & Os Cariocas: Amigos do Rei CD
1997 Só Você (Para Ouvir e Dançar) CD
1998 O Melhor de Tim Maia CD
1999 Soul Tim CD
1999 Inesquecível CD
2001 Tim Maia pra Sempre CD
2001 Warner 25 Anos CD
2002 Série Identidade CD
2002 Tim Maia Canta em Inglês: These Are the Songs CD
2002 Vou Pedir pra Você Voltar CD
2003 Forró do Brasil CD
2004 Soul Tim: Duetos CD
2004 A Arte de Tim Maia CD
2004 I Love MPB CD
2006 Novo Millennium CD
2006 Dançando a Noite Inteira (Jorge Ben Jor e Tim Maia) CD


Ao vivo

Ano Título Formato
1992 Tim Maia ao Vivo CD
1998 Tim Maia ao Vivo II CD
2007 Tim Maia in Concert CD

Ouça um pouco de sua musica !!! 


Pra você que não conhece o Trio Mocotó irei apresentar...

Trio Mocotó é uma banda de samba-rock, ritmo brasileiro.
O Trio Mocotó foi formado em 1968 na Boate Jogral, onde Fritz "Escovão", João "Parahyba" e Nereu Gargalo trabalhavam. Na época, a boate paulistana era o grande ponto de encontro da música brasileira e os três contratados da casa trabalhavam como banda de apoio para nomes como Clementina de Jesus, Nelson Cavaquinho, Cartola, Paulo Vanzolini, Manezinho da Flauta, além das históricas "canjas" com artistas brasileiros e outros ilustres visitantes como Duke Ellington, Oscar Peterson, Earl Hines.

O samba-rock

Uma dessas canjas começou a se tornar frequente: Jorge Ben no violão, Fritz na cuíca, Nereu no pandeiro e Joãozinho com sua mistura de timba e bateria. Nessa época Jorge Ben estava morando em São Paulo e estava sem gravadora. A batida que nasceu desse encontro, se transformou em marca registrada e levou Jorge Ben e o trio definitivamente ao estrelato. E foi essa batida que deu origem ao samba-rock.[1] No próprio Jogral, Jorge e o trio assinaram com a Philips para a gravação de seu novo disco. O trio acompanhou Jorge em praticamente todas as faixas incluindo Que Pena, Domingas, Take It Easy My Brother Charles e País Tropical.

O nome

No ano de 1969 a moda havia, literalmente, descoberto a perna feminina, subindo as saias bem acima dos joelhos. Enquanto a minissaia escandalizava em seu sucesso, o joelho feminino ganhava um apelido: mocotó. Como o trio estava sempre brincando com a gíria nova e comentando as belas moças de "mocotós" expostos que frequentavam o Jogral, começaram a ser chamados informalmente de Trio Mocotó. A gíria "oficial" escondia também uma brincadeira de artistas como Wilson Simonal que frequentavam o Jogral. O mocotó, para eles, podia designar tanto o joelho, quanto partes íntimas femininas. A partir daí, Jorge Ben compôs "Eu também quero mocotó" com título de duplo sentido. No mesmo ano o nome do grupo teve de ser oficializado por causa da participação no Festival Internacional da Canção. Os três subiram ao palco ao lado de Jorge e defenderam "Charles, Anjo 45" debaixo das vaias de um Maracanãzinho lotado. O próprio Jorge já havia composto a música "Eu Também Quero Mocotó", que foi defendida no mesmo festival por Erlon Chaves e a Banda Veneno com Jorge e o Trio Mocotó como convidados. Além disso, o Trio Mocotó participou da antológica gravação de Toquinho e Vinicius de Moraes da música "A Tonga da Mironga do kabuletê", e de Chico Buarque em "Samba de Orly", do disco "Construção", de 1971.

Atual formação

Álbuns

  • 1971: Muita Zorra! Ou São Coisas Que Glorificam a Sensibilidade Atual
  • 1971: "On Stage with Jorge Ben - Live in Japan
  • 1973: "Trio Mocotó"
  • 1975: "Trio Mocotó"
  • 2001: Samba Rock
  • 2004: Beleza! Beleza!! Beleza!!